Perguntas me ocorrem: O que esperar
de uma relação? O que desejar do outro? O que, afinal, ele pode oferecer? Qual
a distância entre o real e nossas expectativas? A curiosidade em conhecer quem
está ao nosso lado é um sentimento muito mais gostoso do que a realização
daquilo que supomos deva ser o comportamento ideal e previsível das pessoas com
quem dividimos nosso tempo e nossos sonhos. Conhecer o outro passa sempre pela
possibilidade de renunciar aos ideais. Isso é crescimento! Sem fórmulas, a
poesia surge como modo de tentar traduzir algumas descobertas. Do que é feito
um amor possível para você? Desconfio: quando experimentamos tentar nomear nos
aproximamos e nos afastamos cada vez mais da resposta exata! Não será isso a
mover as relações?
POSSÍVEL
Deste tipo de amor
Eu pouco, ou nada entendia
Supunha devesse ser a embriaguez de quem bebesse litros
coisa arrebatadora; febre de desditos...
Se fora sempre enchente sem estanque; fluxo incondicional
Pensava fosse este tipo de amor
Qualquer coisa de sal
Um palanque
Avante ao banal Algo que
de súbito, a la flecha
Pegasse em mim como uma pecha proposital
Mas veio você e fez a quebra Veio você, sem descanso a invadir meu remanso sem regra, nem trégua;
Mais junto de mim à cada légua
Por isso hoje, este tipo de amor
É qualquer coisa doce e natural
Fosse caminho; longe das águas e do céu, desenhado no chão dos nossos passos
Sem a fantasia do véu
Contido em nossos abraços
Este tipo de amor, feito apenas
De palavras,
De laços e de rotina;
De ser tua - mulher e menina.
Eu pouco, ou nada entendia
Supunha devesse ser a embriaguez de quem bebesse litros
coisa arrebatadora; febre de desditos...
Se fora sempre enchente sem estanque; fluxo incondicional
Pensava fosse este tipo de amor
Qualquer coisa de sal
Um palanque
Avante ao banal Algo que
de súbito, a la flecha
Pegasse em mim como uma pecha proposital
Mas veio você e fez a quebra Veio você, sem descanso a invadir meu remanso sem regra, nem trégua;
Mais junto de mim à cada légua
Por isso hoje, este tipo de amor
É qualquer coisa doce e natural
Fosse caminho; longe das águas e do céu, desenhado no chão dos nossos passos
Sem a fantasia do véu
Contido em nossos abraços
Este tipo de amor, feito apenas
De palavras,
De laços e de rotina;
De ser tua - mulher e menina.
Andressa Barichello, paulistana de nascença, curitibana pelo acaso.
Escreve crônicas, contos e poemas. Escreve pra tentar fazer sentido, para si e para os outros.
É co-idealizadora do projeto Fotoverbe-se! e.... e.... e...